No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhe franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
José (Zeca) Afonso
ola Bode Ranhoso!
ResponderEliminarmas uma vez parabens, sempre optimos desvaneios.
deixo-te desde de ja um desafio, a muito tempo que nao leio uma chifrada da nossa freguesia será que tudo é um mar de rosas ou simplesmente o Bode Ranhoso do Marao se juntou aos "coveiros da nação"?
força Bode Ranhoso, boas marradas
cumprimentos
Martins
Amigo Martins não irás perder pela esprera.
ResponderEliminarEstou a juntar maetrial e para breve terás noticias do dos Ranhosos do marão.